Em sintonia com orientações médico-sanitárias, CNBB reforça práticas para evitar avanço do coronavírus.

Em função do avanço da COVID-19 e em sintonia com as orientações do Ministério da Saúde, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informa que está acompanhando, atentamente, o cenário de avanço do coronavírus no país e as orientações sanitárias das autoridades médicas e governos. É importante destacar ainda que a entidade não indica normas para as dioceses, ou seja, cada local deve observar sua realidade e indicar as providências necessárias.

O Ministério da Saúde recomendou, a partir de  hoje, 13 de março, que eventos com concentração próximas de pessoas – sejam governamentais, esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais ou religiosos – sejam cancelados ou adiados, se houver tempo hábil. Se isso não for possível, a recomendação é que o evento ocorra sem público.

Cabe, portanto, aos bispos locais orientarem seus diocesanos a observarem as regras de higiene compatíveis com o momento, o que vem acontecendo desde a divulgação da chegada do vírus no país. A grande maioria das dioceses está adotando três medidas básicas em comum para evitar a propagação da doença: não realizar o “abraço da paz”, evitar segurar nas mãos na oração do Pai Nosso e orientar os fiéis a receberem a hóstia na mão na hora da comunhão.

Em comunicado público, deste 13 de março, o administrador apostólico de Brasília, cardeal Sérgio da Rocha, reafirmou a necessidade de a Igreja colaborar, com responsabilidade, para a prevenção da propagação do coronavírus, tomando as medidas necessárias no âmbito da Arquidiocese de Brasília.

O cardeal informou que enquanto durar a pandemia, em Brasília será reafirmada a postura pastoral adotada em outras dioceses do Brasil. O arcebispo disse que serão adiados os eventos programados com previsão de grande número de pessoas. Contudo, as missas continuam a ser celebradas.  “Continuaremos atentos às orientações das autoridades de saúde pública para adotar outras medidas que se fizerem necessárias, devendo ser oportunamente comunicadas a todos”, diz o comunicado.

O arcebispo de Curitiba e vice-presidente da CNBB Sul 2, dom José Antônio Peruzzo, atendeu jornalistas nesta quinta-feira, 12 de março, na Cúria Metropolitana de Curitiba para comentar sobre orientações e medidas recomendadas às paróquias e comunidades católicas frente às preocupações atuais de contágio do novo coronavírus. O pronunciamento foi realizado como forma de atender simultaneamente aos pedidos de informação sobre o assunto que chegam à arquidiocese especialmente desde o dia 11 de março.

Em comunhão com a nota já divulgada pelos bispos da Igreja do Paraná, dom Peruzzo pediu serenidade a todos, esclarecendo que toda a programação de missas e celebrações está mantida em Curitiba. “O temor nunca oferece bons conselhos na hora da decisão. O medo nunca enseja reflexões sensatas. O grande caminho é seguir as palavras das autoridades sanitárias e especialistas que estão a repetir que o melhor caminho é a prevenção, mas não a prevenção apavorada”.

Entre as medidas às paróquias e comunidades, listou:

– Aos padres e ministros, distribuir a comunhão somente na mão e garantindo que o fiel comungue diante do ministro;

– Aos fiéis, evitar o aperto de mãos durante a acolhida ou na saída da igreja;

– Não dar as mãos durante a oração do Pai nosso;

– Não realizar o abraço da paz.

Falou ainda da recomendação de que os fiéis não façam o contato na água benta presente em algumas paróquias, recomendando também aos párocos que retirem a água dos recipientes durante este período.

Reforçou que os fiéis devem conhecer e seguir as recomendações das autoridades sanitárias, entre elas: a) Higienizar as mãos, muitas vezes, com água e sabão ou álcool em gel; b) Utilizar lenço descartável para higiene nasal; c) Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis a cada uso) a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; d) Evitar tocar no nariz ou boca, após o contato com superfícies; e) Manter os ambientes bem ventilados; Repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Por: CNBB

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